Idosa se sente solitária e liga para o número da polícia: "só quero conversar um pouco"

por Roberta Freitas

26 Dezembro 2021

Idosa se sente solitária e liga para o número da polícia: "só quero conversar um pouco"
Advertisement

Se há algo verdadeiramente precioso na vida, são os ensinamentos que as pessoas que nos viram nascer, crescer e nos tornarmos adultos podem nos dar; obviamente nos referimos às lições que mamãe, papai e nossos avós nos deram ao longo dos anos. Principalmente os avós são considerados por muitos netos como verdadeiros "segundos pais", mas é uma pena que, com o passar dos anos e com os filhos e netos crescendo, nossos queridos chefes de família acabem ficando sozinhos e sofrendo muito com a solidão... 

via Ansa

Pxhere/Not The Actual Photo

Pxhere/Not The Actual Photo

Quantas vezes já ouvimos histórias de avós ou avôs abandonados à própria sorte por filhos e netos adultos que, por sua vez, constituíram família e deixaram sua cidade de origem? Infelizmente, o problema social da solidão de nossos idosos é enorme e precisa ser resolvido o mais rápido possível, bem como ser bem compreendido e não subestimado. Tomemos por exemplo esta avó de 80 anos do norte da Itália que, tomada pelo sofrimento interior da solidão, ligou para o 112 (o número para entrar em contato com os Carabinieri, os agentes da polícia local) e disse a eles que não estava bem de saúde e que ela se sentia muito sozinha.

Logo, uma patrulha enviada pelo marechal chegou até a casa da mulher e percebeu qual era o verdadeiro desejo dela naquele momento: simplesmente conversar com alguém, não ficar sozinha em casa, não ter continuamente a sensação de estar abandonada...

Advertisement
Natalia Rivera/Wikimedia - Not The Actual Photo

Natalia Rivera/Wikimedia - Not The Actual Photo

Por algumas horas, os policias dos Carabinieri passaram momentos de convívio com a senhora de 80 anos falando sobre diversos assuntos triviais e simplesmente fazendo companhia a ela; mais tarde se soube que a vovó italiana tinha filhos, mas eles viviam fora da cidade e muito longe dela, tinha vizinhos que a ajudavam nas pequenas e grandes coisas e um cuidador que cuidava dela algumas horas por dia.

Mas, muito provavelmente, esta senhora de oitenta anos já sentia solidão há muito tempo, talvez tivesse a sensação de ter sido abandonada pelos filhos, que agora moravam longe de sua casa e procurava apenas um pouco de conforto. Quantas avós e quantos avôs estão nesta situação desagradável?

O que estamos esperando para ligar com mais frequência ou para visitá-los quando pudermos?

Advertisement