Aos 17 anos ele intimidava o seu professor, hoje é obrigado a pagar uma indenização de 14.500 euros
Quando falamos em bullying, imediatamente pensamos em uma situação escolar comum a muitas crianças e jovens hoje em dia: algumas crianças mais velhas descontam nas menores, assim como naquelas que consideram "mais fracas". Atos desse tipo são, infelizmente, bastante comuns no ambiente escolar, mas não apenas entre colegas e crianças da mesma turma. Nos últimos anos, o fenômeno se espalhou de forma exponencial, a ponto de até mesmo os professores das escolas não se sentirem mais seguros. Já ocorreram episódios, alguns até graves, de alunos intimidando deliberadamente seus professores, demonstrando falta de disciplina e educação total por parte dos próprios pais que, teoricamente, deveriam tê-los educado. O episódio que vamos contar é sobre um caso grave de bullying, que obrigou um professor de Sondrio, na Itália, a mudar de emprego.
via Il Messaggero
Flickr / Medici con l'Africa Cuamm (Not the actual photo)
Os terríveis episódios de bullying contra um professor do ensino médio ocorreram em Sondrio e tiveram como protagonista um menino de apenas 17 anos. O jovem insultou e ameaçou seu professor de educação técnica com gritos e empurrões. Atos de bullying que muitas vezes se manifestavam em ataques físicos reais, nos quais o menino empurrava o professor e arrancava os papéis de suas mãos. Foi em 2015 e, na época dos fatos, os vídeos dessas cenas de violência gratuita eram também publicados no Facebook. O professor em questão foi forçado a mudar de emprego após pressão semelhante. Hoje, porém, esse menino já é maior de idade e deve responder às acusações pelos crimes de violência privada e ameaças que a polícia postal investigou até agora. Neste momento, o tribunal de Sondrio estabeleceu que o rapaz deverá indenizar o seu professor com 14.500 euros, correspondentes aos danos morais. Além disso, ele também terá que pagar os honorários dos advogados.
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Os pais do menino tentaram convencer a vítima a aceitar 10.000 euros, mas sem sucesso. Lembramos que o juiz também poderá decidir avaliar o ocorrido contra o professor como mais grave e, consequentemente, aumentar o valor a ser indenizado.
O mais surpreendente é que o menino nunca foi expulso da escola, apesar de seu comportamento merecer mais do que uma suspensão momentânea. O certo é que o jovem nunca concluiu os estudos, tendo abandonado a escola mais cedo. Seu ex-professor, por outro lado, agora trabalha no Ministério do Desenvolvimento Econômico e, felizmente, conseguiu voltar a ter uma vida normal.