Segundo uma psicóloga, ser mãe, mas querer a liberdade que se costumava ter, é um instinto do qual você não deve ter medo
Ser mãe em tempo integral é uma das tarefas mais difíceis pela qual uma mulher pode passar na vida, mas quanta satisfação e amor a maternidade é capaz de dar. Cuidar dos filhos e ao mesmo tempo de si mesma não é nada fácil, é tudo uma questão de luzes e sombras, de desejos conflitantes e de coisas que acabam fazendo muita falta na vida de uma mãe. O que fazer quando se sente o desejo urgente de reservar um tempo para si mesma, para relaxar um pouco, mas ao mesmo tempo não se faz nada além de pensar nos filhos?
via Naranxadul
Monica Bleiberg, psicóloga infantil e mãe de dois filhos, dá às mães alguns conselhos sobre como lidar com esse desejo conflitante. Em primeiro lugar, é preciso saber aceitar que o "trabalho" da mãe é uma ocupação que não é nada fácil; é um envolvimento total, tanto físico como psicológico, muito distante do conto de fadas que a sociedade nos vendeu durante todos esses anos.
Ser mãe implica sempre um momento de autorreflexão: porque amamos loucamente os nossos pequeninos mas ao mesmo tempo desejamos ardentemente dormir sem o despertador de manhã, sem os gritos do nosso filho, queremos ter um tempo para nós, sair e fazer compras, ir ao cinema, jantar fora, ver amigos que não vemos há muito tempo?
Segundo a psicóloga infantil, esses pensamentos conflitantes dentro da psique da mãe são normais e aceitáveis; na verdade, são a prova contundente de que a mulher não se sacrificou totalmente pelo amor aos filhos; o último está lá e está sempre presente e nunca deixará de queimar como um fogo eterno, mas por trás da fachada de uma mãe perfeita há sempre um desejo oculto de recuperar a liberdade "perdida".
Segundo a psicóloga, essa ânsia de ter a liberdade do passado é absolutamente normal e deve ser abraçada como um instinto humano do qual não se deve sentir vergonha. Querer um momento só para nós não é o mesmo que amar menos os nossos filhos, vamos lembrar bem disso e aprender a nos amar um pouco mais como mães e como mulheres!