Midorexia, o transtorno de quem não quer envelhecer: um estado de espírito mais comum do que se imagina
Mais cedo ou mais tarde, todos entram em contato com pessoas de certa idade que fazem todo o possível para "retardar" os efeitos da velhice, se mostrando aos outros com roupas juvenis ou realizando atividades que geralmente são feitas por quem tem alguns anos a menos.
É verdade: a idade muitas vezes não importa, e é importante e saudável se sentir jovem e ativo tanto quanto possível, também para preservar nossa saúde dos estragos do envelhecimento. Porém, se tudo isso começa a ser exagerado, podemos estar nos deparar com um distúrbio psíquico bem definido e reconhecido, a midorexia.
A expectativa de vida da maioria das populações no mundo, em comparação com apenas algumas décadas atrás, mudaram. Hoje, felizmente, muitos problemas de saúde foram curados e os padrões de higiene melhoraram muito. Como humanos, no entanto, estamos todos sujeitos ao envelhecimento e existem aqueles que simplesmente não conseguem aceitar essa condição natural, se comportando de maneira patológica.
A midorexia, na verdade, é uma necessidade constante e compulsiva de se sentir mais jovem, de tentar afastar a velhice com todas as forças, que muda o comportamento de maneira muitas vezes absurdas e inusitadas. Imagine, de fato, um homem idoso ou uma mulher idosa vestidos como adolescentes, ou que vá a locais habitualmente frequentados por jovens ou pratique atividades como esportes radicais.
Estando entendido que cada um deve ter a liberdade de fazer e de decidir o que é melhor para si mesmo, não há dúvida de que tais situações seriam no mínimo particulares. Pessoas que sofrem de midorexia, geralmente com 40 anos ou mais, são afetadas por um constante desconforto interior que as leva a ficarem insatisfeitas consigo mesmas, com sua idade e com suas perspectivas.
Não é necessariamente ruim fazer amizade com pessoas mais jovens ou ter a mente aberta, relaxada e livre de padrões muito precisos, repetimos. Aqui, porém, estamos falando de um problema que, se for excessivo, merece ser resolvido. Sentir-se "vivo" e "jovem" é bom e certamente é positivo para todos, a começar pelos efeitos que pode ter na saúde. Em qualquer caso, é possível se sentir jovem sem ter que cair no ridículo ou no absurdo a todo custo. Afinal, a passagem do tempo nunca deve ser um obstáculo à nossa felicidade: talvez seja difícil aceitá-la, mas com a atitude certa será possível.