Viver em paz consigo mesmo às vezes significa aceitar o passado e aceitar todas as nossas imperfeições

por Roberta Freitas

08 Julho 2020

Viver em paz consigo mesmo às vezes significa aceitar o passado e aceitar todas as nossas imperfeições
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O imperador filósofo Marco Aurélio declarou em uma de suas máximas mais famosas: "Quem vive em harmonia consigo mesmo vive em harmonia com o mundo". Agora, viver em harmonia com o mundo certamente não significa saber como remover qualquer dor ou sofrimento do passado e do presente, mas significa saber como viver em paz, antes de tudo, com nós mesmos. Um ato de coragem e amor à nossa vida, com suas imperfeições, que é um dos estágios psicológicos fundamentais para abandonar definitivamente a ansiedade, o estresse e a tristeza.

via Psychology Today

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Saber viver em harmonia conosco não significa, como dissemos antes, fingir que o passado não existe, mas saber enfrentá-lo com coragem e força de espírito, sem nunca pensar que uma vida feliz e pacífica é uma vida sem preocupações, ansiedade, estresse, dor e sofrimento. Quanto mais cedo pensarmos que as tribulações são universais e que não temos menos sorte do que os outros, mais cedo e mais pacientemente aceitamos os mistérios da vida.

Viver em paz com o mundo e conosco mesmos reside exatamente nisso: saber como interceptar as frequências das pessoas e das coisas ao nosso redor, aceitando dentro da gente tudo o que a vida reserva para nós, o bem e o mal, sem distinções, e finalmente aceitar nossas falhas, nossos erros, nosso passado tumultuado.

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Uma vez que aceitamos o mundo pelo que é, o próximo passo é saber como acolher nossa verdadeira essência dentro de nós: não ter vergonha do nosso passado, dos erros cometidos, das infinitas imperfeições que temos, da vida não exatamente perfeita que levamos, mas que podemos melhorar: o caminho para a paz interior é o que finalmente retorna a nós mesmos.

Saber amar o mundo e nossa essência é o passo definitivo e fundamental para viver a verdadeira paz, aquela que muitos ainda não veem porque é obscurecida pela busca incessante e muitas vezes ridícula por uma felicidade que está "fora" de nós mesmos. Mas o ponto é que, se não estivermos à vontade conosco, não estaremos à vontade com mais ninguém e em nenhum outro lugar.

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