Mulheres que publicam muito nas redes sociais tendem a se sentir mais sozinhas: é o que um estudo sugere
Com o vertiginoso desenvolvimento das redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram e assim por diante), a vida interpessoal dos indivíduos e a maneira de se relacionar com os outros mudaram drasticamente; cada vez menos conectados face a face, cada vez mais "conectados" entre si através das redes sociais, através da tela do smartphone e comunicando emoções e pensamentos com mensagens entrelaçadas, rostos coloridos e engraçados. No entanto, esse é um panorama que esconde um desconforto social e psicológico não indiferente.
via Science Direct
Um estudo da Universidade Charles Sturt, em New South Wales, na Austrália, estudou e analisou 616 perfis públicos de usuários do Facebook e dividiu as categorias de usuários em dois grupos: usuários socialmente "conectados" e "solitários". Os resultados das análises sublinharam que os perfis conectados eram aqueles que escondiam principalmente informações pessoais, dados confidenciais, endereços, números de celular e informações protegidas com sistemas de privacidade, enquanto os usuários "solitários" eram os que mais publicavam em seu mural, e que eles não tinham informações pessoais protegidas pela privacidade das redes sociais.
Dos 616 perfis femininos analisados, 308 mostraram uma figura interessante e ao mesmo tempo preocupante: as mulheres mais "ativas" no Facebook eram as que se sentiam mais solitárias e, consequentemente, as que mais se interessaram em publicar fotos, estados, opiniões, para buscarem mais interação digital do que fora.
Um fato desanimador que traz à luz um dos desvios do mundo digital, sempre "conectado": as aparências geralmente nos confundem e que nem tudo o que vemos no Facebook ou Instagram é 100% real; a atenção aos detalhes geralmente pode nos dizer muito mais do que lemos em uma tela brilhante. Às vezes, os mais "conectados" são aqueles que, na vida real, quando o smartphone é desligado, encontram uma situação de profunda solidão.