Uma carta para as mães trabalhadoras, que abraçam os filhos quando voltam para casa e esquecem cada sacrifício

por Roberta Freitas

10 Fevereiro 2020

Uma carta para as mães trabalhadoras, que abraçam os filhos quando voltam para casa e esquecem cada sacrifício
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O trabalho da mãe é uma profissão em tempo integral; criar e cuidar de um recém-nascido é ao mesmo tempo uma das coisas mais delicadas e gratificantes do mundo, mas também uma verdadeira cruz e deleite; mas, no final, todos os esforços são sempre recompensados no final de um dia cansativo com o sorriso inocente de seu filho amado. A carta que vamos mostrar é dedicada a todas as mães que trabalham, que literalmente se transformam em duas entre o cuidar dos meios de subsistência da família e do bebê.

Franco Bianco/Flickr

Franco Bianco/Flickr

Você tem uma mãe que trabalha. 

Cabe a mim não estar presente por algumas horas. 

Cabe a você confiar em alguém que não seja eu. 

Você me olha com olhos que não entendem muito o que acontece quando eu atravesso a porta. 

É a minha vez de sair de casa com um nó no estômago e os olhos cheios de lágrimas.

É a minha vez de ver seu rostinho confuso quando saio pela porta. 

É a minha vez de ficar fora o dia todo sem ver você voltar com suas mãozinhas que pedem por mim. 

É a minha vez de tirar o leite que você beberia se estivesse comigo. 

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Pixabay

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É a sua vez de parar de brincar para olhar pela janela ou pela porta porque "mamãe está chegando". 

É a minha vez de querer tanto voltar do trabalho que nunca pensei que iria querer ir para casa me teletransportando.

É a sua vez de sorrir como nunca antes quando você me vê chegando, com aquela boca com poucos dentes.

É a minha vez de beijar sua barriguinha macia quando te reencontrar. 

Nós dois entendemos isso.

Os sacrifícios são muitos.

Mas o momento do abraço, quando volto à noite, vale tudo.

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