Todos as noites este padeiro deixa o pão que não vendeu em um banco para que as pessoas em dificuldade possam pegá-lo

por Roberta Freitas

09 Novembro 2019

Todos as noites este padeiro deixa o pão que não vendeu em um banco para que as pessoas em dificuldade possam pegá-lo
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Mesmo que nossa sociedade, agora baseada no culto da imagem, nos faça perceber como reais apenas os gestos flagrantes e documentados, há uma imensa quantidade de pequenas ações diárias silenciosas que as pessoas realizam sem receber elogios ou santificações, apenas pelo prazer de fazer algo para ajudar o próximo. Exatamente como Fedele, um padeiro siciliano que há 19 anos realiza uma série de atos de altruísmo em favor daqueles que são menos afortunados.

via repubblica.it

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A uma curta distância de seu forno, na cidade de Caltanissetta, há um banco semelhante a muitos outros, se não fosse pelo fato de que, de noite, ele se torna o lugar onde um pequeno milagre acontece: fica cheio de sacos de pão, pacotes de leite, óleo e outros itens de primeira necessidade. Tudo fica lá para quem quiser pegar, especialmente famílias em dificuldade ou imigrantes sem-teto.

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Tudo começou há muito tempo, quando Fedele ainda era criança e trabalhava com o pai. Um dia, um frade foi bater na loja deles e, quando perguntado o que estava procurando, respondeu que queria apenas um pouco de pão. Seguindo-o até a saída, Fedele viu que ele estava distribuindo esse pão para muitas pessoas necessitadas na rua, e essa imagem de alguma forma permaneceu em seu coração.

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Sua missão silenciosa e incansável não se limita mais a colocar o pão no final do dia no banco, mas envolve uma rede de solidariedade que oferece doações todos os dias. Fedeele chegou a levar alimentos e bebidas, por exemplo, para ajudar uma mãe doente que estava lutando para sobreviver e não conseguia chegar até o seu "banco de solidariedade".

O exemplo de Fedele, que faz seu maravilhoso ato de altruísmo há quase 20 anos, nos mostra que, para ter um bom coração, não é necessário fazer grandes proclamações: basta começar da vida cotidiana, de simples gestos cotidianos, tão simples quanto sentar em um banco e comer um pedaço de pão.

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