Se uma pessoa traiu uma vez, é muito provável que trairá de novo: a ciência confirma

por Roberta Freitas

24 Outubro 2019

Se uma pessoa traiu uma vez, é muito provável que trairá de novo: a ciência confirma
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Há quem diga que a traição seja a outra face do amor. Muitas vezes, quem trapaceia nada faz além de prometer redenção e arrependimento, tranquilizando o parceiro com frases como: "aconteceu, foi uma fraqueza". E assim, muitos decidem tentar novamente, para dar uma segunda chance ao traidor e ao relacionamento.

Frequentemente, essa confiança acaba sendo quebrada novamente, porque a traição se torna uma coisa normal. Não é surpresa para a ciência, uma vez que alguns estudos confirmaram que aqueles que traem uma vez provavelmente o farão novamente.

via Springer

Pixabay

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A pesquisa em questão analisou o chamado ESI (Extra- dyadic sexual Involvement) ou, simplesmente, uma pessoa que tem relacionamentos com outras pessoas, além do próprio parceiro ou cônjuge.

O estudo, realizado em 484 indivíduos solteiros que tiveram um relacionamento com alguém pelo menos duas vezes em cinco anos, mostrou que aqueles que já tinham traído no passado tinham três vezes mais chances de serem infiéis na próxima vez.

Já outras pesquisas se concentraram na dinâmica do sentimento de culpa. Em essência, uma pessoa que já traiu uma vez, os tempos subsequentes se sentirão cada vez menos culpados, de modo a perpetuar esses comportamentos com cada vez mais leveza emocional.

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Isso aconteceria porque, em uma pessoa desonesta, a resposta da amígdala - o conjunto de estruturas cerebrais que gerenciam as emoções - enfraquece, e também os sentimentos envolvidos. Antes de todos, o sentimento de culpa que, dessa maneira, diminui gradualmente.

Em outras palavras, aqueles que já traíram e talvez tenham sofrido de verdade na primeira vez, estarão menos envolvidos na próxima vez e se sentirão menos arrependidos, pois o cérebro se acostumou a não se sentir tão mal da primeira vez. Na prática, mesmo que cada caso e cada parceiro sejam diferentes e nunca seja apropriado generalizar, talvez seja melhor não confiar demais.

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