Sincronicidade: quando não existem coincidências, mas tudo acontece por uma razão
A crença de que as coisas acontecem por uma razão muito precisa, de que existe um desenho, uma lógica, um plano por trás de tudo é comum em várias disciplinas filosóficas, teológicas e psicológicas. Em pequenos episódios da vida cotidiana ou em grandes eventos que envolvem tantas pessoas, muitas vezes é possível encontrar conexões, como linhas finas que vinculam ações e reações, causas e efeitos. Tudo isso recebe o nome de sincronicidade.
Carl Gustav Jung, por volta dos anos 50, foi o precursor do estudo desse fenômeno fascinante, que ocorre continuamente, mas para o qual a ciência ainda não foi capaz de dar uma explicação. Do simples fato de encontrar uma pessoa que não víamos há anos quando estava pensando nela até pegar um trem acidentalmente que o levará ao destino certo.
De acordo com as teorias mais credenciadas pela psicologia, embora não sejam apoiadas por evidências empíricas, existiria uma simbiose profunda entre o homem e seu ambiente. A cronologia dos eventos, a maneira como as pessoas se movem em um determinado espaço, estão inconscientemente ligadas ao pensamento consciente ou inconsciente.
Imagens, símbolos, tudo o que é visto, sentido, é recebido e elaborado, ajudando a criar uma realidade de eventos que só aparentemente parecem desconectados entre eles, mas que têm um único denominador comum. Portanto, não é uma questão de destino, magia, forças ocultas e místicas que dirigem tudo, mas apenas mensagens escritas sem pensar e lidas sem querer.
Estendendo a atenção e aguçando os sentidos para os sinais que cada um de nós deixa continuamente para serem coletados por outra pessoa, podemos entrar em contato com essa sincronicidade. O truque é permanecer receptivo, aberto às possibilidades, talvez até aproveitando o sentido de tudo por um momento e vendo uma parte desse projeto que cada indivíduo é chamado a fazer sua parte.
