Se você não quer ou não pode responder no Whatsapp, você tem todo o direito de ignorá-lo

por Roberta Freitas

10 Setembro 2019

Se você não quer ou não pode responder no Whatsapp, você tem todo o direito de ignorá-lo
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Mensagens de áudio, mensagens de texto, imagens, clipes animados, notificações, confirmações de leitura e muito mais. Quem não vive com essas coisas todos os dias?

O WhatsApp está instalado em praticamente todos os smartphones e tablets que nos cercam no mundo e, não importa o quanto possamos resistir no início, mais cedo ou mais tarde todos entrarão no mundo desse amado e odiado aplicativo com logotipo verde.

Sim, escrevemos "amado e odiado" porque, se é verdade que o imediatismo da comunicação não é mais uma novidade, é igualmente verdade que os aplicativos de mensagens instantâneas geralmente nos sujeitam a obrigações reais, mas podemos - e devemos - reagir. Não estamos exagerando: veja o porquê.

Cristoph Scholz/Flickr

Cristoph Scholz/Flickr

A comunicação instantânea e simples nem sempre é sinônimo de boa comunicação. Certamente, é útil em muitos momentos e em várias situações (por exemplo, quando você precisa enviar fotos de documentos ou coisas importantes em tempo real), mas nos submete a uma espécie de "chantagem moral" se não respondermos com a devida velocidade ou como esperado.

Responder poucas vezes, não rapidamente, ou não estar muito nas redes sociais significa ser rotulado como "antissocial", fora do mundo, de alguma forma "estranho". Qualquer pessoa que gaste cada momento postando fotos, vídeos ou mensagens quer imediatismo: se as pessoas não respondem, eles podem até se ofender, entrar em conflito com os destinatários de sua atenção e colocar em risco seus relacionamentos.

Mas realmente se comunicar não é isso. As redes sociais que funcionam nos atuais meios de comunicação são virtuais e buscam substituir o contato real. É por isso que, em vez de nos aproximar, elas acabam nos isolando, protegidos como estamos em nossa esfera "social" e, ao mesmo tempo, convencidos de sermos aceitos e populares.

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Pexels

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Seria realmente o caso, então, de começarmos a termos em mente que, se uma pessoa não nos responde no WhatsApp, isso não é estranho ou antissocial e não está nos fazendo uma grosseria pessoal. Ela pode estar ocupada fazendo qualquer outra coisa, do trabalho a uma caminhada, ou até mesmo dormindo, ou pode, em palavras ainda mais simples, não querer pegar o telefone e escrever.

Esse não é um comportamento "alienígena", mas simplesmente humano. Se parássemos de nos sentir obrigados a responder instantaneamente, talvez apenas para satisfazer as expectativas dos outros e não nos fazer "censurar" a nós mesmos, estaríamos certamente um passo à frente. E viveríamos com mais calma.

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