Antes de amar os outros é melhor aprender a amar a si mesmo
Oscar Wilde disse que "amar a si mesmo é o começo de uma história de amor que irá durar por toda a vida". Mostrar respeito por si mesmo, ter autoestima, cuidar de si mesmo não significa ser egoísta ou incapaz de dar afeto, apenas significa ter entendido como o mundo funciona.
Seguindo esse princípio, é possível ficar perto de alguém, mas não depender dele, porque todo indivíduo nasce e morre sozinho; todo o resto é complementar.
A família, o parceiro e os amigos são recursos preciosos que podem e devem enriquecer a vida de uma pessoa, mas não preencher lacunas ou tornar-se uma necessidade. Para realmente viver feliz, calmo e pleno, é preciso perceber que a única pessoa que a quem realmente devemos alguma coisa é aquela que vemos no espelho todas as manhãs.
Podemos e devemos realmente contar somente com nós mesmos. O resto pode tornar a nossa existência mais brilhante e mais interessante, mas é o núcleo que importa, porque sem ele você pode até ficar na multidão e se sentir isolado. Todas as dependências emocionais são simples enganos, truques de uma personalidade frágil que não é amada nem respeitada o suficiente.
Ninguém pode viver a vida dos outros, suas experiências, sofrimentos e alegrias. É tudo parte de um caminho que você percorre sozinho, talvez com alguns passageiros que te acompanham por um tempo, mas você não deve se sentir perdido se essas pessoas descerem primeiro ou desviarem para outros destinos. Obviamente, mais cedo ou mais tarde você precisará da ajuda de alguém, mas uma coisa é a gratidão, outra é a obrigação de ter que retribuir.
O verdadeiro equilíbrio vem de ser livre, independente, autossuficiente, não apenas nas coisas práticas, mas também nas emoções. O amor por si mesmo, entendido como a capacidade e a consciência de ter que cuidar do próprio bem-estar antes de tudo, é a forma mais alta e saudável de energia.
Pessoas resolutas, satisfeitas por não se negarem nada e capazes de permanecerem sozinhas, preservando a alegria de viver, também são aquelas de onde provém o mais sincero carinho. A razão reside no fato de que o amor é desinteressado, livre das dinâmicas distorcidas do vício. Nunca saberemos quanto tempo passaremos com os outros, mas sabemos que passeremos a vida toda com nós mesmos, por isso é melhor fazê-lo da melhor maneira.