Este pediatra de 92 anos dá consultas gratuitas para as crianças carentes, tratando-as como se fossem seus netos
Na maioria das profissões, quando o dia termina, a loja é fechada ou se bate o ponto e depois nada de trabalho, pelo menos até a manhã seguinte. No entanto, existem profissões como aquela de médico, em que nunca é possível descansar totalmente - visto que pode sempre surgir uma emergência - nem mesmo depois da aposentadoria.
A do médico é uma missão, uma escolha de vida, como mostra Ivan Fontoura, pediatra de 92 anos de Pontal do Paraná.
via Semprefamilia
Já se passaram 15 anos desde que o Dr. Fontoura se aposentou oficialmente mas, apesar disso, ele continua a trabalhar e a fazer consultas para crianças carentes da região, sem nunca receber um centavo. O médico normalmente realiza suas consultas, dá conselhos e indica terapias a seguir, totalmente sem nenhum custo.
O currículo de Fontoura é muito respeitável. O pediatra de fato se formou aos 24 anos na Universidade Federal do Paraná, fez mestrado na Universidade da Califórnia e depois doutorado na Sorbone na França.
O homem dedicou uma vida inteira a cuidar de crianças, num total de 68 anos vividos com intensidade e dedicação a sua missão. O Dr. Fontoura se aposentou em 2005 mas, desde então, ele continua seu trabalho no particular, dando a muitas crianças locais a oportunidade de serem tratadas sem que os pais tenham que pagar pelas despesas.
A cidade tem problemas, e há muitas famílias em situação de pobreza, sem meios para consultar médicos pagos.
José Augusto Rodrigues Rodrigues/Facebook
A apoiar, ajudar e sustentar Fontoura nessa missão à favor das crianças mais necessitadas está sua esposa Eva, que também trabalha no setor de saúde como enfermeira. Os dois se conheceram na juventude e nunca mais se deixaram.
Eva é um apoio indispensável para o que o médico continue a fazer esse lindo trabalho, apesar de sua idade. Várias vezes entrevistado por seu trabalho incansável, Fontoura declarou que pretende continuar trabalhando até que suas forças permitam, sabendo que ainda há tantas crianças por aí que precisam dele.