"Deixe os seus filhos estranhos longe dos nossos": veja a terrível experiência vivida pela mãe de duas crianças autistas

por Roberta Freitas

18 Junho 2019

"Deixe os seus filhos estranhos longe dos nossos": veja a terrível experiência vivida pela mãe de duas crianças autistas
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"Leve seus estranhos filhos para longe dos nossos" - Essas foram as palavras ditas a uma mãe no Reino Unido, para seus dois filhos autistas.
A culpa? Levá-los para um parque onde outras crianças estavam brincando.

Aqueles com crianças com autismo ainda precisam lidar com a ignorância e a desconfiança desse tipo de doença. E mesmo que as pessoas diretamente envolvidas sejam apenas crianças, muitas pessoas ainda não hesitam em fazer comentários realmente cruéis. A reação desta mãe e de sua família é de grande ensinamento e, a partir de um evento tão triste, nasceu uma boa oportunidade de informação.

Gemma Ryan é a mãe de William (10) e Edward (6) ambos autistas. William também tem síndrome de déficit de atenção e síndrome de Edward Tourette.

As crianças têm tiques frequentes e espasmos motores, especialmente nos braços, e não passam muito despercebidos por isso.

Em agosto de 2016, Gemma, pensando que a cidade estivesse mais deserta, decidiu levar seus filhos para um centro de recreação, e nunca pensou que viveria um momento tão terrível. Desde que chegaram, alguns pais mandaram manter "aquelas crianças estranhas" e longe de seus filhos.

Algumas mães apressaram-se em levar as crianças para longe assim que se aproximaram para brincar com os dois irmãos. Mas o episódio mais perturbador foi o de um homem que protestou, insultou e ameaçou uma das crianças cuja única culpa era brincar com seu filho.

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O homem foi afastado porque felizmente havia outros pais que apoiaram e ajudaram esta mãe em um momento tão ruim.

Gemma ficou inevitavelmente marcada pela história, assim como seus filhos, especialmente o mais velho William, que começa a perceber como algumas pessoas o tratam de forma diferente.

A reação de Gemma e de seu marido David, à luz do que aconteceu, é inesperada e cheia de positividade: eles responderam à ignorância organizando um evento para fazer com que o autismo seja conhecido e para acabar com o preconceito, chamado de "Spectrum" (espectro). Cerca de 1000 pessoas participaram do Spectrum entre jogos, super-heróis e uma discoteca silenciosa.

Esperamos que sua iniciativa ajude cada vez mais pessoas a desenvolver uma sensibilidade em relação a esse tipo de doença, a fim de evitar prejudicar - mesmo verbalmente - as crianças e suas famílias.

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