Depois dos 40 anos uma pessoa deveria trabalhar 3 dias por semana: é o que dizem os especialistas

por Roberta Freitas

01 Junho 2019

Depois dos 40 anos uma pessoa deveria trabalhar 3 dias por semana: é o que dizem os especialistas
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Em muitos aspectos, é plausível que "os 40 anos são os novos 20", mas certamente não do ponto de vista do trabalho. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Melbourne, uma vez que esta idade tenha sido atingida, um número moderado de horas semanais deve ser reduzido ou mantido. Um declínio maior e mais rápido das faculdades cognitivas é esperado, sem contar outros efeitos colaterais desagradáveis sobre o estado geral de saúde.

via BBC

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Foram analisados 3.500 mulheres e 3.000 homens com mais de 40 anos, submetidos a leitura em voz alta e memorização de sequências numéricas. Indivíduos com uma ocupação m de 30 horas por semana tiveram melhores resultados do que outros indivíduos com um trabalho que os envolvia por cerca de 50 horas ou mais. O objetivo da pesquisa foi verificar o limite máximo de tolerância do cérebro e do organismo em relação ao estresse e carga de trabalho. Os especialistas costumam ressaltar que a atividade mental é essencial para a boa manutenção das faculdades cerebrais, especialmente na velhice. No entanto, parece que esse tipo de treinamento não precisa ir além de um certo esforço.

O super trabalho, mesmo quando se trata de "massa cinzenta", nunca é saudável, e acaba dando o efeito oposto. O resultado é uma diminuição na atenção, perda de memória e menor lucidez a longo prazo. A pesquisa não foi tão estratificada a ponto de trazer correlações entre os diferentes tipos de trabalhos e os danos que deles decorrem. 

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Pode-se supor que a realização de uma profissão prazerosa e gratificante reduz em parte os efeitos deletérios do excesso de trabalho, mas mesmo nessa circunstância devemos primeiro examinar o assunto. O ideal depois dos 40 anos seria, portanto, dedicar-se a um período parcial, durante um máximo de 3 dias por semana.

O problema é que hoje em dia, no mundo ocidental, os indivíduos são pressionados a produzir mais e mais, sem mencionar que não é absolutamente incomum alguém "começar" a trabalhar somente com 40 anos. O estudo mostra que, entre a inatividade e a atividade cerebral, a primeira é, no entanto, mais prejudicial às funções cognitivas, mas, se possível, certamente é preferível reduzir os compromissos, para o próprio bem-estar.

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