Ninguém queria contratar esta menina com síndrome de Down, então ela abriu a sua própria empresa

por Roberta Freitas

14 Maio 2019

Ninguém queria contratar esta menina com síndrome de Down, então ela abriu a sua própria empresa
Advertisement

Preconceitos são difíceis de quebrar, mas é uma batalha extremamente necessária, porque eles limitam e envenenam a vida daqueles que estão sujeitos a eles.

A melhor maneira de derrotá-los é ser guiado por seus sonhos - capazes de desenhar uma realidade diferente daquela contra a qual se confrontam - armar-se com muita paciência e encontrar os aliados certos: exatamente a fórmula com a qual Gabi Angelini decidiu vencer o preconceito que sofrem as pessoas com síndrome de Down, e realizar seu sonho.

Facebook

Facebook

Gabi Angelini é uma garota de 21 anos que adora esportes e tem um sonho desde criança: abrir seu próprio restaurante. Por esse motivo, quando ainda era estudante do ensino médio, ela começou a procurar empregos de verão que lhe permitissem guardar dinheiro para atingir esse objetivo. Foi assim que ela se deparou com um grande preconceito: segundos os empregadores, as pessoas com Síndrome de Down não eram capazes de trabalhar.

Na verdade, ninguém estava disposto a oferecer-lhe um emprego, precisamente por causa de sua condição; preconceito que limita a vida das pessoas afetadas pela síndrome de Down mais do que a própria síndrome. Enquanto sofria muito com esta situação, Gabi finalmente decidiu reagir, sem se resignar com essa injustiça. Portanto, com o apoio de sua mãe Mary, ela trabalhou não apenas para alcançar seu propósito, mas para garantir que seu sonho se tornasse um instrumento de liberação ou inspiração para os outros em sua condição.

Advertisement
Facebook

Facebook

Gabi decidiu abrir uma cafeteria em Raleigh, Carolina do Norte, que empregará pessoas com deficiências intelectuais e de desenvolvimento. Não tendo o dinheiro para começar o negócio ainda, Gabi e Mary começaram então uma colaboração com outra cafeteria que emprega funcionários deficientes, onde seu café especial começou a ser vendido, "A Hug in a Mug" ("um abraço em uma caneca") do Gabi's Grounds Coffee Shop.

Além disso, a Gabi participa de vários eventos locais com estande próprio, onde vende não só café, mas também camisetas, adesivos, copos e outros itens de sua futura cafeteria; até faz entregas de café, enquanto Mary gerencia a página do GoFundMe, onde elas coletam doações com as quais poderão abrir sua própria loja: graças ao apoio da comunidade, elas já arrecadaram mais de US$ 50.000 dos 60.000 necessários.

YouTube

YouTube

Gabi está a um passo de realizar seu sonho, e já planeja contratar seus amigos, bem como atividades em seu café "Desde café e doces a noites de karaokê e festas de dança, a loja de Gabi será um lugar inclusivo para a comunidade que se reunirá".

Sim, porque quando a cafeteria da Gabi abrir, ela não realizará apenas o seu sonho, mas o de todos aqueles como ela e, de quebra, ainda irá acabar com o preconceito!

Advertisement