Quando alguém que amamos morre, ao invés de viver ao nosso lado, vive dentro de nós

por Roberta Freitas

25 Fevereiro 2019

Quando alguém que amamos morre, ao invés de viver ao nosso lado, vive dentro de nós
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Quem sofreu a perda de um ente querido conhece o vazio, a dor, o desnorteamento e a raiva que acompanham essa ausência. Estamos conscientes de que a morte é inevitável para todos mas, mesmo assim, nunca estamos suficientemente preparados quando chega a hora de dizer adeus a alguém que realmente amamos.

Não poder mais abraçá-lo ou conversar com ele, a princípio parece-nos algo inconcebível, irreal, mas quando finalmente conseguimos aceitar a realidade, percebemos que de alguma forma ainda está perto de nós, talvez até mais do que antes.

via rincondeltibet.com

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As pessoas que morrem não desaparecem, elas simplesmente mudam o lugar que ocupam ao lado de nós para um novo, dentro do nosso coração. Nós percebemos isso toda vez que pensamos neles, que nos lembramos deles, quando parecemos ouvir suas vozes em nossa mente. É assim que eles se manifestam, quando nos comportamos exatamente como eles, nos fazendo entender que eles são parte de nós.

Essa energia que nem a morte pode interromper é o amor, um laço forte e indissolúvel, capaz de sobreviver a tudo. A cada passo, respiro ou batidas do nosso coração, eles continuam a viver, fazendo-nos entender que eles não foram tão longe, que quando precisamos deles, estarão conosco. Eles nos lembram que de uma forma ou de outra, em um "mundo ou outro", estamos todos conectados e pertencemos a uma única fonte de origem.

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Podem parecer frases ou declarações consoladoras para nos ajudar a superar o luto, mas é o que nos torna temporários e eternos ao mesmo tempo. Repensar os momentos felizes passados com aqueles que se foram, nos ajuda a continuar a nossa caminhada, fazendo as pazes conosco, perdoando e transformando a dor na alegria de sentí-los ainda mais próximos.

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