Para as meninas que cresceram com um pai ausente: lembre-se que você também merece ser amada
A infância é uma fase fundamental na vida de cada pessoa, aquela em que as linhas orientadoras da vida adulta futura são construídas. Nesse sentido, a relação que as meninas desenvolvem com seus pais é fundamental: a imagem de si e as relações que poderão estabelecer com os homens dependerão disso.
Portanto, crescer sem pai é muito difícil; mas aquelas que infelizmente tiveram que passar por isso - seja qual for o motivo - terão descoberto nelas mesma uma força incrível, que lhes permitirá superar qualquer dificuldade.
O vazio que a ausência de um pai deixa no coração de sua filha é intransponível, e pesa o suficiente para mandá-lo em pedaços, e se sentir culpado por essa falta. Mas é importante não se culpar, porque isso nos leva a pensar que não podemos ser amadas.
Seja qual for o motivo de sua ausência, uma filha deve sempre lembrar que não tem nada a ver com ela, que não há nada de errado com ela. Deve saber que pode ser amada, porque vale muito.
Uma consciência que é ofuscada pela grande dor que ela sente, mas que exatamente por causa desse sofrimento torna-se possível e verdadeira. Aquelas que lutam para não sucumbir à dor, serão pagas com força e coragem, e serão capazes de resistir e de sairem ilesas das muitas dificuldades da vida. "Lute por si mesmo, porque você vale; e vale porque tem força para lutar por si mesma".
Então você tem que aceitar o mal que você sente em seu coração, não escondê-lo: olhar para ele, reconhecê-lo e dizer para ele: "Eu sou mais forte".
Não devemos ter medo de amar e ser amadas: é normal que isso aconteça, que sejamos tentadas a nos fechar em nós mesmas, é um mecanismo de autodefesa para não nos machucarmos novamente - mas é inútil e prejudicial. Somente o amor ao próximo e pela vida, é capaz de preencher e dar sentido à nossa própria existência. E outros reconhecerão o valor de uma pessoa que sofreu, lutou e superou essa dor; outras pessoas saberão como amar você.
Precisamos nos amar antes de tudo; e nos abrir para o mundo, para nos dar a possibilidade de sermos acolhidos nos corações dos outros.
