Segundo os terapeutas, o divórcio nem sempre é um fracasso: também pode significar que o casamento foi um sucesso
O casamento é projetado para estimular as pessoas a crescer. Se depois de tentar tudo, até mesmo a terapia de casal, a escolha é o divórcio, quase nunca é um sintoma de fracasso. Quem apoia essa teoria são os psicólogos experientes em relacionamentos matrimoniais, que propõem uma visão alternativa ao que sempre foi considerado o pior fim de um relacionamento entre duas pessoas. Mas entender o que leva ao divórcio é a chave para entender por que ele não merece ser visto de forma tão negativa.
O casamento leva as pessoas a crescer. Ele desafia você com seus pontos cegos, expõe você ao seu egoísmo e à sua imaturidade. E isso é uma coisa muito boa. Ele pede constantemente que você cresça, de um modo que você não teria feito se não fosse casado.
Muitas vezes um dos dois parceiros, ou ambos, percebe dramaticamente que o casamento não o ajuda na vida que ele queria. Pedir o divórcio é frequentemente uma das melhores escolhas. É sinônimo de crescimento, de maturação ao longo do tempo que agora leva a querer coisas diferentes daquelas obtidas em um período anterior.
Muitos irão pensar então que é inútil casar se o casamento inevitavelmente leva a uma mudança: mas essa mudança em si é muito difícil de conseguir de outra forma. Além disso, não quer dizer que uma mudança sempre leva ao divórcio: as mudanças podem fortalecer um casal ou enfraquecê-lo, é tudo uma questão de afinidade.
É exatamente aceitando a inevitabilidade da mudança que se dá o melhor de si nos relacionamentos: ter medo dos desafios que o casamento impõe é nunca encarar as próprias fraquezas.
Falência não é o divórcio, mas ficar em um casamento que absorve sua vida, sua energia. Um casal não falha quando decide se divorciar, mas quando evita lidar com a situação. O divórcio não significa falência, porque qualquer relacionamento ensina algo, até mesmo a necessidade de estar em outro relacionamento.
A beleza do casamento é a intenção de estar com uma pessoa para sempre, mas ao mesmo tempo também a consciência de que as coisas podem mudar e, a esse ponto, não se fossilizar em algo que não está bom. Isso significa sucesso, significa entender que na vida o que está mudando constantemente está vivo.
