Um pai ausente pode influenciar o desenvolvimento emocional dos filhos: é o que diz a psicologia
Ambos os pais são importantes; sua presença ou ausência afeta a vida da criança e a do futuro adulto. Quando falta a figura paterna, no entanto, as consequências são diferentes dos casos em que é mãe a estar ausente; isso ocorre porque as duas figuras, por mais importantes que sejam, cobrem diferentes papéis e funções.
Se a mãe é vista como fonte de alimento nos primeiros meses de vida e como fonte inesgotável de afeto, o pai é quem sustenta a criança em seu caminho de crescimento nas diversas situações. É por isso que a falta de uma figura de referência como a de um pai pode deixar cicatrizes indeléveis.
via Psychology Today
Aqueles que não tiveram a chance de contar com um pai, por todas as diferentes razões, na idade adulta, podem apresentar dificuldades em se relacionar com os outros, vivenciando inseguranças e ansiedades. A criança vê o pai como um parâmetro, e é se confrontando com ele que pode consolidar algumas de suas habilidades ou tomar consciência delas.
Não ter um termo de comparação para melhorar ou simplesmente decidir fazer o contrário, equivale a nunca ter certeza de suas habilidades. É por isso que, quando crescida, a criança pode ter uma atitude de submissão causada pela baixíssima autoestima que nutre por si mesma.
Infelizmente, as mães nem sempre conseguem preencher as lacunas causadas pela ausência do pai; certamente não por causa de sua incompetência, mas porque é muito difícil entender completamente os sentimentos experimentados pela criança sem um pai e quais são suas necessidades.
Quando se trata de pais ausentes, não podemos falar em geral; cada história é um caso em si, podem haver várias razões pelas quais um pai está ausente, variando de uma decisão voluntária ou a algo involuntário. De qualquer forma, é bom tentar resolver a lacuna e preenchê-la com as oportunidades que a vida nos oferece. Isto poderia significar reconectar-se com uma figura que, no passado, esteve afastada - claramente se isso é possível e benéfico - ou consolidar o mesmo tipo de relação com outros membros da família - tios, avós ou entes queridos - que podem ajudar a lidar com obstáculos no caminho, assim como um pai faria.
Infelizmente, são cada vez mais frequentes casos de pais presentes-ausentes, no sentido de pessoas que embora estejam presentes fisicamente, não participam da criação dos filhos.
Ter filhos requer compromisso e responsabilidade, e as consciências de não estar por perto podem ser tantas.