Falar sozinho em voz alta não significa ser louco: pode melhorar o funcionamento do cérebro, sugerem as pesquisas
Você já se viu conversando consigo mesmo, talvez até dizendo seu próprio nome como se estivesse se dirigindo a outra pessoa e foi surpreendido por alguém? Provavelmente sim, e certamente você ficou muito envergonhado com a situação: a ação de falar sozinho sempre foi associada à loucura ou ao fato de ter "um parafuso a menos". No entanto, como diz o Quarterly Journal of Experimental Psychology, esse não é absolutamente o caso; pelo contrário, podemos dizer que o oposto é verdadeiro: falar sozinho pode ser um sintoma de um bom funcionamento das atividades cognitivas.
via mirror.co.uk
Várias pesquisas mostraram que falar sozinho serve para completar as tarefas de forma eficaz. Repetir a ação que você está fazendo ou enunciar as várias etapas de processamento em voz alta são ações que realmente ajudam a lembrar e alcançar o resultado mais rapidamente. É como se o desejo de fazer algo estivesse associado ao encorajamento de alguém (nossa voz) que nos diz para fazê-lo.
Cientistas da Universidade de Bangor, no Reino Unido, também associaram essa prática às funções cerebrais. Falar em voz alta ajuda a organizar os pensamentos, memórias e emoções, especialmente naquelas pessoas que sofrem com uma "superlotação" de idéias: o estereótipo do cientista que fala sozinho, fica perdido em seus pensamentos, planos e nas suas conclusões, poderia não ser tão absurdo. Quem pensa mais, precisa usar todos os meios disponíveis para dar uma ordem às suas ideias, e falar em voz alta é um dos métodos mais eficazes.
Então, da próxima vez que você tiver uma boa conversa com você mesmo, talvez para esclarecer suas ideias sobre uma escolha ou para se lembrar das várias tarefas do dia, não precisa ficar envergonhado: você só está demonstrando um nível de criatividade e inteligência superior à média!