Ela foi sequestrada por 9 meses quando era pequena: 20 anos depois ela manda uma mensagem para os pais do mundo todo
Infelizmente, vemos notícias horríveis vindas do mundo todo: experiências desumanas que não desejaríamos ao nosso pior inimigo, e que nos deixam ainda mais desanimados e espantados diante da nossa incapacidade de entender o porquê de tudo isso.
No entanto, Elizabeth Smart parece ter encontrado explicações. Seqüestrada e estuprada por 9 meses, ela conseguiu encontrar forças para seguir em frente, superando o horror experimentado - e agora convida os pais de todo o mundo a prestar atenção em três aspectos de seus relacionamentos com seus filhos.
Salt Lake City, EUA. É 2002 e Elizabeth tem apenas 14 anos quando, uma noite, alguém entra em seu quarto e, ameaçando-a com uma faca, a arrasta para longe. A família só a verá novamente mais de nove meses depois.
No entanto, alguém havia visto - sem poder fazer nada - toda a cena: a sua irmã Mary Katherine que, fingindo que estava dormindo, conseguiu mais tarde fornecer uma descrição do sequestrador. Por isso, foi fácil identificá-lo: Brian David Mitchell, um homem que havia trabalhado na propriedade da família Smart.
Mitchell levou Elizabeth para as montanhas, onde ele morava em um acampamento com sua esposa Wanda Eileen Barzee: lá, por nove meses, os dois abusaram da garota com todos os tipos de violência. Mas Elizabeth conseguiu ser forte e, milagrosamente, sobreviver.
O seu caso logo ficou famoso em todos os Estados Unidos e todos se uniram para encontrar a jovem; até que um dia um motociclista reconheceu Mitchell, permitindo que a polícia prendesse ele e sua esposa e salvasse Elizabeth.
Passaram-se 16 anos; hoje Elizabeth está casada, é mãe de dois lindos filhos e trabalha como advogado na defensoria pela segurança infantil - e, por isso ela quer oferecer alguns conselhos importantes para os pais, tendo em vista sua tremenda experiência:
- Faça com que seu filho entenda que ele é amado incondicionalmente, explicando-lhe o significado do termo "incondicionalmente";
- Explique ao seu filho que ninguém tem o direito de amedrontá-lo, machucá-lo ou violá-lo de qualquer maneira e por qualquer motivo, independentemente da pessoa que o ofender;
- Diga ao seu filho que precisa relatar a seus pais sobre qualquer incidente de violência, sofrido ou ameaçado.
Podem parecer conselhos óbvios, mas não são de modo algum: muitas vezes é a indiferença e a ausência dos pais que abrem as portas para situações potencialmente perigosas!
