Em 1965 este lago se criou em poucos segundos. As imagens deste momento são incríveis!
Os anos 60 foram caracterizados por profundas tensões políticas entre Estados Unidos e União Soviética: cada potência tentava estabelecer a sua supremacia com ameaças, invasões de territórios e desenvolvimento de novas armas. Foi naquele período que as potências testavam seus arsenais nucleares. Muitas bombas atômicas foram explodidas em lugares isolados.
O lago Chagan nasceu justamente depois de um desses testes e ainda existe, mas é rico de água altamente radioativa.
Até 1989 foram contadas mais de 150 explosões nucleares para encontrar fontes de gás natural, melhorar a extração de petróleo e para a pesquisa sobre a difusão da radioatividade.
Alguns testes foram feitos para a construção de novas barragens e canais. Nasce exatamente assim aquele que hoje é chamado de lago Chagan. A explosão aconteceu no dia 15 de janeiro de 1965.
O produto da explosão foi uma cratera de 100 metros de profundidade e 400 metros de diâmetro.
Na cratere se encontra material vítreo, fruto da rápida transformação das rochas depois da potente explosão. Foi construído depois um canal na profundidade da cavidade formada, alimentado do vizinho rio Irtysh.
Hoje a cratera é um verdadeiro e próprio lago artificial: dentro dela se encontram 100 mil metros cúbicos de água radioativa.
O nível de radioatividade da água supera 100 vezes aquele aceito para a água potável. Por décadas a União Soviética escondeu os devastantes efeitos das explosões sobre as populações. Na época foi feito um documentário pelo governo que mostra animais que tomam água do lago para demonstrar que os testes feitos eram seguros.
Se estima que cerca 20% da radioatividade gerada pelo Lago Chagan seja difusa na atmosfera, chegando até o Japão.
Mas não faltam exemplos da parte americana: também em Nevada se formou uma cratera depois de uma explosão, mas a diferença do lago no Kasaquistão, esse não se enche de água.
Este é o documentário feito depois do teste onde homens nadam tranquilamente nas águas radioativas... que perigo!
